Por um PSOL Independente e Anticapitalista
Venha atuar com o Movimento Esquerda Socialista no 8º Congresso do PSOL em Santa Catarina.
Estamos numa fase decisiva da vida partidária, o 8º Congresso do PSOL definirá o caminho do partido para um longo período, cujas opções podem ser: uma atuação recuada e limitadora da luta antifascista ao apoio coadjuvante, e quase irrestrito, ao projeto lulo-petista, ou um partido anticapitalista e independente do regime político.
Representamos em Santa Catarina a posição política nacional de não participação no governo Lula, com a flexibilidade de acolher a demanda do movimento indígena sobre o MPI. Também fomos nós do MES que demos o combate na bancada da Câmara Federal para que o PSOL não estivesse na base do governo Lula (além das nossas camaradas do MES, Fernanda e Sâmia, apenas Erundina e Glauber tiveram essa posição), para apoiarmos suas medidas progressivas, mas combatermos outras condescendentes aos capitalistas, como o “Calabouço Fiscal”.
Desde que iniciamos a construção do MES em SC não foram poucos os ataques da maioria estabelecida, e dos seus satélites, contra nossa radicalidade e não adaptação aos históricos acordos dos gabinetes catarinenses. Nossa resposta, principalmente, está numa construção sólida no movimento sindical, a desgosto dos arranjos decadentes que unem dirigentes locais do PSOL ao petismo e ao cutismo.
No PSOL-SC somos a corrente política que antagonizou a posição majoritária de integrar informalmente a frente ampla de Décio Lima e Dário Berger, da qual o PSOL foi desconvidado, mas ainda assim esses senhores brancos e heteronormativos executaram, além de tentar impor até agora um balanço positivo da atuação pífia da candidatura petista ao governo estadual. Além disso, nossa trajetória permite dizer que fomos os únicos a vocalizar a necessidade do voto crítico em Décio e Bia, não pelos acordos de gabinete, mas pelo enfrentamento ao bolsonarismo local.
Nessa altura do texto, você pode estar se perguntando: isso é uma disputa intestina? Dizemos: não. Diremos mais. Construir a atuação no 8º Congresso do PSOL, na nossa perspectiva, significa não fazer “contas de garrafas”, ou seja, sabemos que as correntes políticas associadas a algumas figuras públicas do PSOL-SC fizeram filiações sem nenhuma preocupação no engajamento militante, contando exclusivamente na associação de um nome a uma tese. Estamos na contracorrente, somos práxis.
Queremos debater e construir com o conjunto da militância ativa do PSOL-SC a atuação anticapitalista, antifascista, antirracista, feminista, LGTQIAP+, ecossocialista, da esquerda radical e pela base, ou seja, fazer desse processo congressual um momento de convergência entre os socialistas.